(Imagem: Divulgação/brain4care)

Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido é o tema geral do evento, que conta com as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Também participam universidades, empresas e instituições como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A iniciativa acontece em Brasília, em 30 e 31 de julho e 1 de agosto

“O Brasil carece de mecanismos públicos ou privados para financiar as deep techs,  startups de base científica (hard science), capazes de resolver problemas de alto impacto social e valor agregado, e que possuem risco científico e tecnológico em adição ao risco de mercado e são capazes de entregar um retorno acima da média ou proporcionar liderança de mercado para as empresas que investem”. A afirmação é de Plínio Targa, CEO da brain4care, deep tech convidada para participar da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5ª CNCTI), que acontece em 30, 31 de julho e 1 de agosto, em Brasília (DF), com o tema Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido. “A brain4care é um caso emblemático do desafio enfrentado pelas deep techs para obter financiamento e o convite para compartilhar nossa experiência nesta 5ª CNCTI é de extrema relevância. Sem dúvida, o movimento do atual governo e de entidades como a Finep e o BNDES no sentido de reconhecer o potencial dessas empresas e discutir soluções para a questão da inexistência de fontes específicas de recursos é muito positivo”, diz.

O evento, voltado ao debate de políticas públicas e diálogo entre diferentes atores da sociedade para refletir sobre o papel da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) no país, conta com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na plenária de abertura, e com palestra do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na plenária 2, que tem como tema Rumos da economia brasileira em um mundo em acelerada transformação tecnológica. Também reúne outros representantes do governo, universidades, empresas e instituições como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A brain4care participa no primeiro dia, no debate, coordenado por Fernando Peregrino, da Finep, que tem como tema As startups brasileiras: financiamento e crescimento.

A fonte de criação de uma deep tech é a ciência. Targa explica que no começo é possível ter incentivo à pesquisa básica por meio de agências de fomento. No entanto, nas etapas seguintes em que há necessidade de apoio com investimentos maiores e de longo prazo — para transformar a descoberta científica inicial em uma tecnologia e, depois, em uma oferta de produto ou serviço com valor agregado para a sociedade —, há uma lacuna no mercado. “São questões relacionadas a esse cenário que vamos abordar na 5ª CNTCI”, informa.

“Nós comprovamos que o crânio pulsa e desenvolvemos uma tecnologia que consegue capturar essas micro expansões de modo não invasivo, com um sensor posicionado na cabeça do paciente. Utilizamos Inteligência Artificial para extrair diversos parâmetros dessa monitorização. Há dados que, antes da brain4care, só podiam ser obtidos por métodos invasivos”, explica Targa. O executivo lembra que em 2017, quando a brain4care foi acelerada no Vale do Silício pela Singularity University, os pesquisadores norte-americanos afirmaram que a brain4care estava na trilha de criar um novo sinal vital.

Desde sua fundação em 2014 até hoje, a brain4care recebeu investimentos da ordem de US$ 20 milhões. Para contornar a falta de fontes de financiamento, a brain4care criou um veículo próprio para prover recursos, o fundo Miletus, formado por empresários, entre eles Horácio Lafer Piva. O grupo reconheceu a importância da descoberta e a oportunidade de deixar como legado a criação de um novo sinal vital na medicina. “No [fundo] Miletus, os custos de manutenção são rateados e o funcionamento obedece a uma governança rigorosa. Somos auditados pela KPMG e pela Grant Thornton. A visão desses empresários foi fundamental para o desenvolvimento da brain4care”, afirma Plínio.

No entanto, sob o ponto de vista socioeconômico, o investimento do Estado é importante para o crescimento das deep techs. “Essa medida é essencial para a incorporação de novas tecnologias que beneficiam a sociedade e o país e para que nossas deep techs possam ter a chance de amadurecer e, inclusive, explorar mercados internacionais, a exemplo da brain4care que está nos Estados Unidos”, diz Targa. Além disso, o executivo exemplifica: “Imagine o impacto para o nosso Sistema Único de Saúde (SUS) e para a população atendida se uma tecnologia de simples utilização e baixo custo, que fornece informações sobre o risco de hipertensão intracraniana em tempo real no consultório, fosse adotada em regiões onde, muitas vezes, não há qualquer exame neurológico disponível. Isso não poderia auxiliar os médicos em sua tomada de decisão e ajudar a salvar vidas?”

Sobre a 5ª CNCT

A 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação é o mais importante e democrático evento voltado ao debate das políticas públicas do setor. Realizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a 5ª CNTCI foi lançada em 12 de julho de 2023, por meio do Decreto Presidencial Nº 11.596. O objetivo é discutir junto à sociedade as necessidades na área de CT&I e propor recomendações para a elaboração de uma nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI) que deverá ser seguida pelos próximos anos (2024-2030). 

Serviço

Inscrições para participação online na 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação são gratuitas e podem ser realizadas pelo site do evento: https://5cncti.org.br/ 

A discussão “Startups brasileiras: financiamento e crescimento”, com participação de Plínio Targa, CEO da brain4care, acontece no dia 30/07/2024, das 14h às 15h45, de forma presencial na 5ª CNTCI — sala Carlos Chagas (com capacidade para 130 participantes). A mesa também será transmitida de forma online.

Sobre a brain4care

A brain4care é uma deep tech brasileira pioneira na monitorização não invasiva do risco de hipertensão intracraniana. A tecnologia é composta por uma plataforma com inteligência artificial, que capta e processa dados obtidos por um sensor posicionado na cabeça do paciente, emitindo relatórios que auxiliam os médicos na tomada de decisão. A tecnologia é comercializada por meio de assinatura, no modelo SaaS (software as a service), com dispositivos em comodato, sem necessidade de consumíveis.

Relacionada a patologias como cefaleias, edemas cerebrais, tumores, hidrocefalias, demências reversíveis e outras, a hipertensão intracraniana, ou HIC, dificulta o fluxo sanguíneo cerebral e prejudica a nutrição do cérebro, o que pode levar a lesões cerebrais e sequelas, tais como perda de visão, declínios cognitivos e dos movimentos, e até à morte encefálica.

A tecnologia brain4care permite que médicos avaliem e acompanhem a evolução do risco de hipertensão intracraniana dos pacientes em clínicas e hospitais de forma não invasiva, auxiliando na triagem de casos, no diagnóstico rápido e assertivo das patologias associadas e na definição de condutas, otimizando recursos de atendimento e infraestrutura, e ampliando o acesso a melhores desfechos em escala populacional ao auxiliar na prevenção de danos neurológicos e sequelas. 
A brain4care foi fundada em 2014 por Sérgio Mascarenhas e acelerada no Vale do Silício pela Singularity University. A tecnologia conta com liberação da tecnologia pela Anvisa, no Brasil — onde está presente em mais de 76 clínicas e hospitais —, pela FDA, nos Estados Unidos, e se move em direção à expansão no mercado internacional. A deep tech brain4care conta com mais de 90 publicações científicas em importantes centros médicos. Possui escritórios em São Carlos e São Paulo, no Brasil, e Atlanta, nos EUA. Para mais informações, visite: https://brain4.care/.

Texto divulgado pela assessoria de comunicação da brain4care. A empresa é patrocinadora do site Brain::Science.