Um estudo recente, publicado na prestigiada JAMA Network, trouxe à tona novas descobertas sobre a influência das redes sociais de adolescentes no desenvolvimento de transtornos mentais. Pesquisadores analisaram um amplo conjunto de dados de cidadãos finlandeses nascidos entre 1985 e 1997, com foco em como ter colegas de classe diagnosticados com transtornos mentais na nona série pode impactar a saúde mental no futuro.
A pesquisa, uma das primeiras em larga escala a explorar essa conexão, acompanhou 713.809 indivíduos desde a conclusão da nona série, por volta dos 16 anos, até um diagnóstico de transtorno mental, emigração, morte ou até o final de 2019. Durante o período de acompanhamento, cerca de 25,1% dos participantes foram diagnosticados com algum transtorno mental.
Os resultados apontam para uma forte associação entre a exposição a colegas diagnosticados com transtornos mentais e o aumento do risco de desenvolver condições similares posteriormente. O risco foi particularmente significativo quando mais de um colega na mesma sala de aula havia recebido o diagnóstico.
De acordo com os pesquisadores, essa possível “transmissão” de transtornos mentais sugere que a interação social pode desempenhar um papel importante na saúde mental dos adolescentes. O próximo passo será investigar os mecanismos por trás dessa influência e desenvolver estratégias que possam mitigar esses riscos. Esses achados podem contribuir para a criação de políticas de saúde mental e programas de suporte escolar mais eficazes, visando proteger o bem-estar psicológico de todos os estudantes.
O estudo lança luz sobre a importância de entender o ambiente social dos adolescentes como um fator-chave para o desenvolvimento de transtornos mentais e reforça a necessidade de intervenções preventivas em ambientes educacionais.
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