Pesquisadores conseguiram analisar, pela primeira vez, imagens cerebrais na hora exata da morte de um paciente

Estudo revela que conto popular de “que passa um filme diante nossos olhos na hora da morte” pode ter um fundo de verdade.

Cientistas de várias universidades do mundo conseguiram analisar, pela primeira vez, imagens de um cérebro exatamente na hora da morte. O paciente, de 87 anos, tinha epilepsia e estava realizando um exame de eletroencefalografia quando teve um ataque cardíaco fulminante.

Por meio do exame foi possível captar instantes antes e depois do momento da morte do paciente. O que se notou é que 15 segundos antes e depois houve oscilações das ondas gama. Responsáveis pela atividade sincronizada dos neurônios, as ondas gama também são associadas a fatores como a memória, meditação e aos sonhos humanos.

“Isso mostra uma possibilidade para aquela ideia que a gente tem de que no instante da morte, antes de fato da consciência ir embora, passamos por um momento de superconsciência, em que memórias de muita relevância, principalmente emocional, são acionadas”, diz o neurocirurgião Fernando Gomes, ao fazer uma análise do estudo “Enhanced Interplay of Neuronal Coherence and Coupling in the Dying Human Brain”, publicado na  Frontiers  in Aging Neuroscience. O artigo pode ser consultado acessando o DOI: 10.3389/fnagi.2022.813531