Pesquisadores propõem uma nova estrutura computacional que usa tecnologia de inteligência artificial para desvendar a relação entre percepção e memória no cérebro humano
O lobo temporal medial (MTL) suporta uma constelação de comportamentos relacionados à memória. Seu envolvimento no processamento perceptual, no entanto, tem sido objeto de um debate duradouro. Este debate centra-se no córtex perirrinal (PRC), uma estrutura MTL no ápice do fluxo visual ventral (VVS).
Aproveitaram uma estrutura de aprendizado profundo que se aproxima dos comportamentos visuais suportados pelo VVS (ou seja, sem PRC).
Primeiro aplicaram essa abordagem retroativamente, modelando 30 experimentos de discriminação visual publicados: excluindo conjuntos de estímulos não diagnósticos, há uma correspondência marcante entre o comportamento modelado por VVS e o de lesão por PRC, enquanto cada um é superado por participantes intactos de PRC.
Estenderam esses resultados com um novo experimento, comparando diretamente o desempenho humano intacto da PRC com registros eletrofisiológicos do macaco VVS: participantes intactos da PRC superam uma leitura linear do córtex visual de alto nível.
A reportagem completa sobre a publicação pode ser acessada no website Neuroscience News.
O artigo que apresenta a pesquisa pode ser acessado por meio do DOI:10.1016/j.neuron.2021.06.018