Beber mais de seis xícaras diárias de café aumenta em 53% o risco de demência e de doenças cerebrais, como derrame; moderar o consumo é a saída
Pesquisa da University of South Austrália apontou que o alto consumo de café está associado a volumes cerebrais totais menores e a um maior risco de demência. O estudo avaliou 17.702 participantes e indicou que aqueles que beberam mais de seis xícaras diárias de café tinham risco 53% maior de demência e também de doenças cerebrais, como derrame.
A demência é uma doença cerebral degenerativa que afeta a memória, o pensamento, o comportamento e a capacidade de realizar tarefas diárias. Na Austrália, a demência é a segunda principal causa de morte, com cerca de 250 pessoas diagnosticadas a cada dia. Já o derrame é uma condição em que o suprimento de sangue ao cérebro é interrompido, resultando em falta de oxigênio, danos cerebrais e perda de função. Globalmente, um em cada quatro adultos com mais de 25 anos terá um derrame durante a vida.
Segundo a pesquisadora Elina Hyppönen, a chave é a moderação. “O caminho é encontrar um equilíbrio entre o volume consumido e aquilo que é saudável”. Embora as medidas da unidade possam variar, um par diário de xícaras de café geralmente é um bom volume. “No entanto, se o consumo de café excede mais de seis xícaras por dia, é hora de repensar”.
A reportagem sobre a publicação pode ser acessada no website News Medical.
O artigo que apresenta a pesquisa pode ser acessado por meio do DOI: 10.1080/1028415X.2021.1945858