Estudo abre porta para novas descobertas de combate eficaz de doenças como Alzheimer e a demência

Em nosso cérebro, não há espaço suficiente para a energia armazenada. Com base nisso, a Escola de Medicina da Universidade de Maryland e os pesquisadores da Universidade de Vermont demonstraram como os vasos sanguíneos respondem ao comando dado por nosso cérebro e como eles direcionam o fluxo para as regiões cerebrais específicas.

Pesquisadores afirmam, em novo artigo publicado na Science Advances, que estudar como o cérebro direciona energia para si, pode ajudar a nos mostrar o que ocorre de errado em doenças onde o fluxo sanguíneo é defeituoso, o que indica comprometimento cognitivo.

O Dr. Thomas Andrew Longden e seus colaboradores, da Universidade de Maryland, junto aos esforços da equipe de Michael Kotlikoff da Universidade Cornell, localizada em Ithaca, New York, realizaram uma experiência em camundongos, utilizando uma proteína que emite luz verde quando o cálcio aumenta na célula.

A equipe descobriu que, quando os neurônios disparam sinais elétricos, eles causam um aumento no cálcio nas células que revestem os vasos sanguíneos. Com isso, as enzimas detectam esse cálcio e direcionam as células para produzir óxido nítrico. O óxido nítrico é um hormônio (e um gás) que faz com que as células parecidas com os músculos ao redor dos vasos sanguíneos relaxem, o que então alarga os vasos permitindo que mais sangue flua para dentro. A descoberta do funcionamento desse sistema abre portas para novos estudos em doenças como Alzheimer e a demência, trazendo junto, esperanças que um dia essas doenças podem ser combatidas eficazmente.

A reportagem sobre a publicação pode ser acessada no website News Medical.

O artigo que apresenta a pesquisa pode ser acessado por meio do DOI: 10.1126/sciadv.abh0101