Três décadas depois de ter sido formulada pelo biólogo John Hardy, teoria da cascata ainda gera dúvidas

teoria da “cascata amiloide” serviu de base para os últimos 20 anos de estudo da doença de Alzheimer. Mas um estudo publicado pela revista Nature Neuroscience coloca em dúvida o papel das placas de proteínas e defende a hipótese de que o Alzheimer surge no interior dos neurônios, e não no exterior.

Liderada por pesquisadores da Escola Grossman de Medicina, da Universidade de Nova York (NYU) e do Instituto Nathan Kline, a nova pesquisa argumenta que o dano neuronal característico do Alzheimer se enraíza dentro das células, e bem antes que essas placas proteicas se formem completamente e se agrupam no cérebro.

A publicação, baseada em análises em camundongos geneticamente modificados, aponta para uma possível disfunção dos lisossomos, organelas celulares que servem para “digerir” esses componentes inúteis ou degradados.

Assim, esse estudo estremece qualquer certeza que os pesquisadores teriam sobre a doença antes, rebatendo e fazendo surgir questionamentos novos sobre a teoria da cascata.

Confira uma das reportagens publicadas sobre o assunto: New Evidence for Alternate Origins of Alzheimer’s Disease Plaques.